segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Redução da Maioridade Penal

   A redução da maioridade penal tem sido um assunto de grande discussão ultimamente. Segundo uma pesquisa feita pela revista Abril, 93% dos moradores da cidade de São Paulo concorda com a diminuição da maioridade penal. Tal fato mostra que a criminalidade atingiu um  nível tão assustador que tornou-se parte até mesmo da vida de adolescentes, os quais se encontram com idade inferior a 18 anos.
   O número de pessoas com idade inferior a 18 anos, que se envolvem no mundo do crime, cresce assustadoramente. O aumento de crianças envolvidas no crime explica-se pelo fato de serem consideradas menores, ou seja, incapazes de responder a atos transgressores de qualquer lei social. Entretanto, é exatamente por esse motivo que os indivíduos que já respondem perante as leis, aqueles que já atingiram a maioridade, usam crianças na execução de seus crimes.
   Muitas crianças estão trocando sua infância pela criminalidade. A arminha d’água foi trocada por um revólver, “polícia e ladrão” deixou de ser apenas uma brincadeira de criança e tornou-se uma infeliz realidade. Crianças que eram para ser vistas brincando, são aquelas que hoje estão roubando e matando. Tudo isso pelo simples fato de serem consideradas ainda crianças indefesas e sem capacidade alguma de responder por qualquer crime.
   Mas questão a ser analisada é outra. Primeiramente, por trás de um menor infrator sempre haverá um maior, ou seja, o menor nunca estará cometendo a infração por si só, ele sempre estará envolvido com maiores perante a lei. E se, os menores não podem ser presos eu responder de qualquer outra forma por seu crime, o ciclo jamais acaba, pois muitas vezes são exatamente os menores que realizam tais atos.
   Por isso, devem-se tomar medidas que reverta essa situação. Pois, a redução da maioridade penal não é uma discussão que atingiu apenas a cidade de São Paulo, mas que se expandiu e tornou-se debate em todo o país. O fato é que se um indivíduo com 16 anos de idade é considerado capaz de eleger um governante, não há motivo algum que o impeça de responder por seus atos perante as leis. O individuo que não é considerado criança para participar das discussões e escolhas da sociedade, também não é mais criança para arcar com as conseqüências de suas infrações, pois já é totalmente consciente do que faz.
 
 
 

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